BICICLETAS E CICLOVIAS: ALTERNATIVAS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL
O uso de bicicletas pelas diversas classes sociais tem se popularizado cada vez mais nos últimos anos, além de permitir o deslocamento de forma rápida, barata e mais sustentável.
Ela também tem se popularizado como instrumento de lazer e esporte que fornece inúmeros benefícios à saúde dos usuários em razão da atividade física que ela permite desenvolver.
Benefícios de andar de bicicleta
De acordo com Mauren Lopes de Carvalho, fisioterapeuta e pesquisadora do Cesteh/ENSP e do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz) e Carlos Machado de Freitas é pesquisador do Cesteh/ENSP e coordenador do Cepedes/Fiocruz:
A utilização de bicicletas é mais saudável, pois, como é uma atividade física regular, previne problemas cardíacos, aumenta a resistência aeróbica, reduz a obesidade, ativa a musculatura e diminui a ocorrência de doenças crônicas. Isso também se reflete na redução da poluição do ar.
Calcula-se que 60% da poluição atmosférica nas regiões das grandes cidades sejam decorrentes dos veículos automotores. Além disso, quem pedala gasta calorias. Fonte: Revista Ciência & Saúde Coletiva da Abrasco
Programa Bicicleta Brasil (PBB)
Em outubro de 2018 foi aprovada Lei Federal 13.724/2018 que instituiu o Programa Bicicleta Brasil (PBB).
A coordenação do Programa deve ser do governo federal e sua execução e implementação fica a cargo dos estados, municípios, empresas privadas e sociedade civil, visando incentivar o uso da bicicleta no Brasil e melhorar a mobilidade urbana.
O Programa deve ser implementado em todas as cidades com mais de 20.000,00 (vinte mil) habitantes (art. 2°), e possui as seguintes diretrizes:
a criação de uma cultura favorável aos deslocamentos cicloviários como modalidade de deslocamento eficiente e saudável;
a redução dos índices de emissão de poluentes;
a melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos e das condições de saúde da população;
o desenvolvimento de ações voltadas para a melhoria do sistema de mobilidade cicloviária;
a inclusão dos sistemas cicloviários nas ações de planejamento espacial e territorial;
a conscientização da sociedade quanto aos efeitos indesejáveis da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas.
De acordo com matéria publicada no início do mês de outubro pela Agência Senado, a legislação, que completou um ano mês passado não saiu do papel até o momento, embora o governo já esteja anunciando o início de discussões com vistas à sua regulamentação, que terá de levar em conta o apoio da esfera federal às ações a serem desenvolvidas por estados, municípios, organizações não governamentais e empresas privadas.
Para participar do PBB, ONGs e empresários terão de se engajar em parcerias ou contratos público-privados.
Desafios:
Quando pensamos em uma transição de hábitos de vida, de um estilo mais sedentário, para hábitos mais saudáveis e ativos, passamos a nos deparar com as estruturas e os sistemas que estabelecem políticas públicas, determinantes para disponibilização de serviços e oportunidades para o exercício de hábitos mais saudáveis.
Além das barreiras físicas encontradas pelos ciclistas, precisamos, enquanto cidadãos, superar as barreiras culturais que historicamente se construíram, especialmente a cultura e o padrão do uso irrestrito do automóvel.
A Educação no trânsito também é um ponto em que precisamos evoluir muito, para que os diferentes meios e modos de transporte possam conviver harmonicamente.
Chapecó é a maior cidade do Oeste catarinense, possui uma população estimada para 2019 de 220.367 (duzentos e vinte mil, trezentos e sessenta e sete) pessoas, conforme dados do IBGE.
Nos últimos anos a população vêm tentando aderir de forma mais significativa a novos hábitos de vida saudáveis, como o uso da bicicleta por exemplo, além de outras modalidades (como a caminhada e corrida).
Em Chapecó, aqueles que buscam mudar para práticas mais saudáveis e sustentáveis como o ciclismo e caminhada, seja para locomoção ou para a prática de exercícios físicos se deparam com alguns obstáculos, já que não há muitos lugares adequados para a prática.
As calçadas, na maioria estão fora dos padrões ideais, cobertas por "mato" ou quebradas e aqueles que se aventuram a utilizar a bicicleta precisam dividir espaço com veículos, correndo riscos maiores de acidentes.
Em 2010, a Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde, da Organização Mundial da Saúde - OMS, produziu o relatório "Redução das desigualdades no período de uma geração" no qual destacou que:
Tradicionalmente, a sociedade tem procurado o setor da saúde para lidar com as suas preocupações relativas à saúde e doença.
Por certo a má distribuição dos cuidados de saúde,não prestando cuidados aos mais necessitados é um dos determinantes sociais da saúde.
Contudo, o fardo da doença, responsável pela perda prematura de vida, advém em grande parte das condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem.
Por seu lado, condições de vida deficitárias e desiguais são consequência de políticas sociais e programas de baixa qualidade, estruturas econômicas injustas e má política.
Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde reconhece que a qualidade do ambiente em que as pessoas vivem, influencia diretamente nas suas condições de saúde.
Nesse sentido a importância de uma cidade que acompanhe as necessidades dos cidadãos, que ofereça qualidade de vida.
Não se trata apenas de medicar e tratar os doentes, mas ofertar condições e estimular hábitos de vida saudáveis para que as pessoas não adoeçam ou então diminuam significativamente os índices de adoecimento. Ciclovia
Há muito tempo que Chapecó aguarda a construção de uma ciclovia. Desde o ano de 2016 há a promessa pelo poder público municipal, de construção da primeira ciclovia em Chapecó. (Implementação de ciclovias).
Estamos em 2019 e nada saiu do papel.
Esperamos que em breve o povo chapecoense possa contar com uma ciclovia e ciclofaixas que permitam a expansão do uso da bicicleta e garantam maior segurança para os ciclistas.
As ciclovias e ciclofaixas fazem parte do Plano de Mobilidade Urbana de Chapecó (2015), que estipula como meta a implementação de ciclovias/ciclofaixas/faixas compartilhadas em 12,5 km nos principais eixos da cidade, nos primeiros quatro anos após aprovação do Plano de Mobilidade e 17,5 km nos eixos secundários, nos primeiros oito anos após a aprovação do Plano de Mobilidade. Mas até o momento, nenhum KM saiu do papel. Nosso Mandato:
Nosso mandato convida você cidadão chapecoense a acompanhar as ações dos agentes políticos de nossa cidade, fiscalizem, opinem, exerçam a cidadania que lhes é de direito!
Nesse sentido ainda os convidamos a acompanhar a tramitação dos Projetos de lei e Proposições deste Vereador em nossas redes sociais, no nosso Gabinete Virtual, e no Próprio site da Câmara de Vereadores de Chapecó
Cleiton Fossá
Advogado, Professor Universitário e Vereador de Chapecó
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