Postado em 15 de Maio de 2018 às 11h14

Plano de Mobilidade Urbana não sai do papel

Cleiton Fossá Chapecó – O crescimento do município de Chapecó traz progresso e desenvolvimento, com a geração de emprego e construção de muitos prédios. A cidade já ultrapassou...

Chapecó – O crescimento do município de Chapecó traz progresso e desenvolvimento, com a geração de emprego e construção de muitos prédios. A cidade já ultrapassou a marca de 200 mil habitantes, sendo que a estimativa é que 150 mil veículos circulam por Chapecó. Sendo assim, a mobilidade urbana acaba sendo vital para tornar a zona urbana ainda mais organizada e garantir mais qualidade de vida à população, uma vez que Chapecó é o polo regional de Santa Catarina e seu contínuo crescimento precisa ocorrer de forma planejada.

O Plano de Mobilidade Urbana foi aprovado e sancionado em março de 2016. Porém, passados mais de dois anos, ainda nada do que foi previsto foi implementado. Enquanto isso, os problemas de tráfego, especialmente nos horários do meio-dia, 13h30 e 18h só aumentam, assim como a precariedade do transporte público coletivo e a falta de ciclovias. O mandato do vereador Cleiton Fossá tem atuado fortemente no sentido de que as medidas apontadas no Plano sejam colocadas em prática, a fim de melhorar a mobilidade em Chapecó.

O estudo

O Laboratório de Transporte e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de SC (UFSC) elaborou um estudo visando à formulação de propostas para a melhoria da mobilidade urbana de Chapecó, gerando subsídios para a elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana. Foi realizado diagnóstico da situação existente do transporte público coletivo e individual de passageiros, das rotas de cargas das principais empresas, dos estacionamentos em via pública, da circulação viária e do transporte não motorizado, bicicletas e pedestres.

O estudo durou aproximadamente dois anos e foi apresentado em abril de 2015, sendo o relatório final do projeto entregue em 31 de julho. Com base no diagnóstico realizado pelo estudo do LabTrans, foram propostas diretrizes, ações e metas para cada componente do sistema de mobilidade urbana. O redimensionamento e integração do sistema de transporte público coletivo, o melhoramento das vias públicas, a definição do traçado da futura rede cicloviária e a decisão sobre as políticas públicas para a gestão da mobilidade urbana.

Problemas apontados

O LabTrans levantou a existência de 1,5 mil lombadas físicas e 6,5 mil cruzamentos em Chapecó. A interseção com as ruas centrais é a principal questão levantada, especialmente em 16 pontos, que precisam ter reavaliação de sentido de tráfego. As principais deficiências apontadas foram a falta de sinalização horizontal nos bairros, o número reduzido de táxis e de guardas de trânsito, o tempo prolongado das sinaleiras, e ausência de abrigos de passageiros adequados e espaço insuficiente para circulação dos pedestres nas calçadas.

No transporte público, o estudo aponta que 19% dos deslocamentos ocorrem dentro dos bairros, enquanto o principal destino são a área central e o bairro Efapi. Durante a realização do estudo, o município recebeu a orientação para adotar algumas medidas, como a adaptação de corredores de ônibus; vias de mão única; remodelação de canaletas e rótulas e evitar a construção de lombadas físicas. O Plano de Mobilidade Urbana foi enviado à Câmara de Vereadores de Chapecó e aprovado em março de 2016, sendo sancionado logo após.

Sistema Binário

A principal transformação proposta para Chapecó é a implantação do Sistema Binário, que tem como meta ampliar em 30% a velocidade média dos automóveis e diminuir em 10% o tempo médio gasto pelos veículos na área central nos próximos dez anos. O Binário é composto por duas vias próximas e paralelas, cujos fluxos de trânsito se dão em única direção com sentidos opostos, e tem como características a existência de ondas verdes otimizando o fluxo de veículos, além da inclusão de uma faixa exclusiva para ônibus nas duas avenidas.

Em Chapecó, o Sistema Binário será implementado nas avenidas Fernando Machado e Nereu Ramos, entre a avenida São Pedro e a rua Lauro Müller. O tráfego em sentido norte-sul será na Nereu Ramos e em sentido sul-norte na Fernando Machado. O vereador Cleiton Fossá diz que é preciso ampliar a segurança da circulação de veículos e pedestres, melhorando a fluidez do tráfego. “O Binário é uma alternativa para otimizar o sistema de transporte público. A intenção é melhorar o acesso e incentivar a utilização dos coletivos”, explica.

Faixa reversível

Um dos maiores gargalos do trânsito de Chapecó é através das avenidas São Pedro e, depois, Atílio Fontana, principal acesso ao bairro Efapi, o mais populoso do município. Nos horários de pico o trânsito fica lento. Uma sugestão do mandato é o exemplo de Florianópolis, onde há o sistema de faixa reversível na SC-405, que liga o Centro ao Sul da Ilha.

Ou seja, nos horários de maior deslocamento no sentido bairro/centro, seria aberta uma terceira pista, ficando o trânsito no sentido oposto sendo realizado em apenas uma pista, pois há menos fluxo. Depois, no horário de pico no sentido centro/bairro, o processo seria inverso, com três pistas para deslocamento para o bairro Efapi, e um para o centro.

Entre as ações sugeridas estão:

* Criação de um sistema viário com ciclovias, ciclofaixas e vias compartilhadas (para ciclistas e pedestres) nos eixos principais e secundários;
* Implementação de 13 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus do transporte coletivo urbano;
* Viabilização de dois novos Terminais;
* Redução progressiva das áreas de estacionamento na área central;
* Fechamento de cruzamentos;
* Revisão dos horários das operações de carga e descarga na área central;
* Construção de parques verdes, definindo uma taxa mínima de ocupação em todos os novos loteamentos, conforme já previsto no novo Plano Diretor;
* Sinalizações verticais e horizontais padronizadas;
* Diminuição das conversões à esquerda nos semáforos;
* Possibilidade de construção de um Calçadão na avenida Getúlio Vargas.

 

Bruno Pace Dori, Assessoria de Comunicação Cleiton Fossá

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